Só na quinta

Nota do editor : excepcionalmente a coluna Papo Aleatório seré publicada na quinta-feira. Aguardem por “Vida longa e próspera… sério!”. Na próxima semana ela volta para o seu lugar na semana.

Segredos e caninos afiados

Todo mundo diz que, quando uma obra literária é adaptada para o cinema, o livro é sempre melhor do que o filme. Nem sempre isso acontece quando adaptação livros para a TV. Um exemplo é “Gossip Girl”, cuja série de livros é boa, mas infinitamente menos legal do que o seriado de TV, onde os personagens têm mais facetas do que nas páginas.

O mesmo pode vir a acontecer com “Vampire Diaires”. Escrita por L.J.Smith, a série de livros será transformada em série de TV e já tem até elenco escolhido. Paul Wesley e Ian Somerhalder serão os irmãos vampiros Stefan e Damon Whitmore, respectivamente. A trama é simples: Elena (que será vivida por Nina Dobrev) é a menina mais linda e popular da escola e que teima em conquistar o recém-chegado Stefan. Ele, por sua vez, se apaixona por ela pois ela lembra seu antigo (e falecido) amor. Depois da resistência inicial, os dois começam a namorar e a vida é bela até a chegada do perigoso e muito mais gato, Damon, irmão-vilão de Stefan. E a disputa pela menina começa!

A série de livros lembra a escrita de R. L. Stine, mas é mais amadora. A história é bastante superficial, o que deve ganhar novas facetas na telinha. Um brinde a esperança que isso aconteça! As mudanças no texto original já começaram a acontecer. O sobrenome dos irmãos nos livros é Salvatore e não Whitmore, pois eles são italianos. O nome da cidade é Fell’s Church e não Mystic Falls e os irmãos e amigos de Elena são bem diferentes em nomes e idades. Ah, sem esquecer que Elena era para ser bem loira e pálida!

“The Vampire Diaries” foi lançada na década de 1990, bem antes de “Crepúsculo”. Mas ela fica entre os dois momentos vampíricos da cultura contemporânea: não é tão recatado quanto “Crepúsculo”, nem tão “empolgado” quanto “True Blood”.

O piloto da série, que tem roteiro e produção de Kevin Williamson (de “Dawson’s Creek”) e Julie Plec (de “Kyle XY”), ainda não tem previsão de estréia.

 

CSI: Las Vegas x Miami x NY

Quando “CSI” foi lançado, virei fã quase que imediatamente! A idéia do seriado, por mais mórbida que fosse, era muito interessante e quase nada discutida. Sempre seguimos séries sobre detetives ou advogados, mas nunca sobre quem coloca a mão na massa para ajudar a resolver os crimes.

Enfim, adorei até criarem “CSI Miami” e “CSI NY”. Embora todos tenham episódios interessantes, nenhum nunca vai se comparar ao original, Las Vegas. Até a química entre os personagens não funciona tão bem. Por isso, decidi fazer uma lista comparativa do que cada um tem de diferente:

Chefes de equipe:

Las Vegas – Grissom (William Petersen). Até sua saída, Grissom era aquele nerd fascinado por insetos e que, juntando as evidências com sua cultura e sorte, resolve os crimes. Ele é carismático e lidera bem sua equipe.

Miami – Horatio (David Caruso). Sua linguagem corporal sempre me deixou boquiaberta. Ele fala com os suspeitos sem olhar na cara deles e tem seu corpo sempre virado de lado. A razão para isso eu não sei, mas alguém, por favor, avise que não funciona! Ah, sem contar as frases de efeito que diz em sua voz rouca-tento-mas-não-consigo-se-sexy antes de sair de quadro e deixar o suspeito com cara de caneca. Ele é um tenente cafona.

NY – Mac Taylor (Gary Sinise). Perdeu sua esposa no atentado ao World Trade Center e parece que seu semblante triste nunca se deixou sarar. O mais sério dos três e é detetive.

Legistas:

Las Vegas – Dr. Al Robins (Robert David Hal). É ótimo! Tem senso de humor – assim como seu assistente – mas sem perder o bom gosto, funciona bem com o restante da equipe e é o que aparenta mais ser um legista.

Miami – Alexx Woods (Khandi Alexander) agora substituída por Tara Price (Megalyn Echikunwoke). A primeira foi a legista mais maquiada que eu já vi na vida! Sem contar que passava tanto a mão na cabeça das vítimas que estava a um passo de ser necrófila. A outra é mais profissional e tem mais atitude, mas ainda parece fora de seu elemento.

NY – Dr. Sheldon Hawkes (Hill Harper) é um figura. Se encaixa bem com a equipe e parece ser uma mistura dos dois citados acima: tem a juventude de Miami, mas o profissionalismo de Las Vegas.

E a lista é looonga! Mas deixe-me parar por aqui antes que os fãs do seriado me transformem da próxima vítima.

Legend of the Seeker: role iniciativa!

Imaginem a situação: amigos em volta da mesa de jantar, fichas na mão, olhos no cara sentado na cabeceira da mesa, dados rolam. Pois é, é assim que eu me sinto quando assisto à “Legend of the Seeker”. Cada cena de luta, cada nova aventura que os tiram, mesmo que só um pouco, do caminho para enfrentar o grande vilão, parece para mim uma tarde jogando RPG.

Não que isso seja ruim, mas ainda não me decidi se o Mestre dessa “aventura” é bom ou ruim. O trio Seeker, Mago e Confessor precisa alcançar Darken Rahl, o grande vilão da situação, mas, a cada episódio, alguém está em apuros do lado oposto ao que estão indo. E como o Seeker é o herói, eles não podem deixar de ajudar. Ta, faz sentido e se não fosse por isso o seriado teria acabado no segundo ou terceiro episódio, mas a temporada tem vinte e dois! Enche um pouquinho a paciência.

Tirando essa parte de julgar o Mestre, qual é o problema de Kahlan?! Ela é a Confessor de Richard, o Seeker a.k.a herói, e sabe que os dois não podem se envolver romanticamente (a razão seria spoiler e isso é assunto para outra coluna), então por que tanto “doce”? Ele está se restringindo com dificuldade, mas seguro de si, mas ela teima em trazer assuntos para a conversa que só faz com que Richard sofra mais. A mania de tê-lo que fazer dizer que a ama é mala. Se ela não mencionasse nada, mas situações ocorressem em que esse amor proibido é forte e muito presente, seria bem melhor. Amo angst, mas só quando é bem escrita. Não é sempre o caso aqui.

Mas “Legends of the Seeker” tem dois personagens que ganharam meu respeito. Um Denna, uma dominatrix que não é de todo ruim, mas também está longe de ser boazinha. Essa sim é bem escrita e bem interpretada. Espero que apareça mais durante o seriado. O outro é o grande vilão da história. Em um dos melhores episódios, Darken Rahl literalmente luta com Richard sem precisar de ajuda de seus seguidores. O cara mostra pelo que veio e eu aplaudo vilões assim.

Ah, para terminar, tanto Bridget Regan quando Jessica Marais, que interpretam Kahlan e Denna, respectivamente, não são mulheres esqueléticas, muito pelo contrário. Finalmente mulheres que consomem comida além de alface ganham papéis legais! Viva a saúde, gente!

Caçador de demônios

Chamem o pessoal de Law & Order, de Criminal Minds, de Dexter! Existe um assassino em série solto por aí e ele está matando atores que interpretaram demônios em Angel! Ou isso, ou os irmãos Winchester perderam a noção!

Andy Hallett, que interpretou o demônio cantor e muito bem apessoado, Lorne, em Angel, faleceu mês passado, aos 33 anos de uma doença cardíaca. Em 2002, Glenn Quinn, que interpretou outro demônio muito legal no mesmo seriado, faleceu de overdose.

Atenção a todos os atores e atrizes que interpretaram criaturas não tão humanas em Angel: os Poderes Que Valem não estão felizes com vocês! CORRAM!

Falando sério agora, é muito triste ver que atores com tanto potencial vieram a padecer tão cedo, seja porque lutavam contra uma doença ou porque se perderam no meio do caminho.

Para não terminar a coluna dessa semana em tom tão sombrio, uma dica aleatória: por falar em irmãos Winchester, Supernatural está muito bom! Assistam.

Papo Aleatório

Malvada, mas fashion

Blair Waldorf deve ser a personagem mais popular da TV no momento. Claro que suas companheiras de fofocas em “Gossip Girl” não ficam atrás, mas tem algo em Blair que a faz se destacar.

Notem que eu não digo Leighton Meester, pois essa é a atriz. Leighton é linda, fato, mas ela usa o que o figurinista a mandar usar. A rainha da cocada aqui é Blair, sua personagem. Aliás, acho que B não é apenas uma personagem, ela se tornou uma persona.

Depois de “Meninas Malvadas”, filme adolescente que eu adoro de paixão, o papel de “abelha rainha” passou a ser mais cobiçado e se tornou mais fashion. Claro que Regina George (interpretada pela ótima Rachel McAdams) já arrasava, mas o cabelo louro é para mocinhas e não para vilãs. Não que Blair seja do lado negro da Força, mas desde “Turma da Pesada” – desenho animado absurdamente show e quase politicamente incorreto quando o assunto é dinheiro – a personagem mais legal sempre foi a vilã, que por um acaso (ou não) também era morena e chamava Bianca. Outra Queen B.

Por favor, não pensem que é legal humilhar personagens alheios. Nada disso! O que quero dizer é que, por mais que a mocinha seja simpática e linda, a morena com atitude sempre vai se sobressair e, claro, usar melhores roupas.

Papo Aleatório

Morto ou em coma?

Tem uma coisa que sempre me intrigou em “Cold Case” (ou “Arquivo Morto”): serão os personagens todos fugidos de “Ghost Whisperer”?

Deixa eu explicar. O seriado é sobre homicídios que foram arquivados sem serem solucionados por falta de provas. Anos depois (às vezes décadas), alguém resolve confessar ou uma nova pista aparece, e o caso é reaberto. Conforme os personagens contam o que aconteceu, o público vê o flashback da situação. E para unir essas cenas com as do presente, cortes são feitos para mostrar como era o personagem no passado e no presente. Até aí, tudo bem.

Mas quando a gente chega no final do episódio, ou personagens envolvidos que gostavam da vítima, ou os policiais que resolveram o caso, vêem a vítima como ela era quando foi morta. Sem pedaços caindo ou coisa assim. Isso não é “O Sexto Sentido”, gente! Mas como se fosse um meio de dizer “obrigado, descanse em paz agora”, sabe? A minha pergunta é: eles realmente vêem esse defunto, ou é algo simbólico? Porque fica a dúvida e isso é muito bizarro!

Outra coisa que me deixa nervosa: por quê Kathryn Morris, que interpreta a protagonista Lilly Rush, não pega um sol e engorda algumas gramas? O seriado já lida com gente morta, não ajuda ter uma protagonista que parece um fantasma raquítico. Cruzes!