Quando assisti ao trailer de “Outlaw” há meses criei a expectativa de encontrar uma ótima série de tribunal, algo que suprisse a falta que de “The Practice” deixou. “The Good Wife” vem preenchendo parte desse buraco, e eu acreditava que a nova série que mostra um juiz da suprema corte americana que larga tudo para se dedicar a advogar por casos perdidos tinha todos os ingredientes para preencher o espaço que ainda falta. Infelizmente estava errada, pelo menos essa foi a impressão que o primeiro episódio da série deixou.
Os elementos para uma boa serie de tribunal estão lá. Jimmy Smits me conquistou sendo o presidente Santos em “The West Wing” e até está bem no papel de Cyrus Garza, mas o todo não dá liga. Tudo é muito jogado no primeiro episódio e até elementos que poderiam criar uma boa trama, como a divida de jogo de Garza, são tratadas meio por alto.
Os coadjuvantes também não funcionam muito bem. A tensão entre o advogado certinho e a investigadora sexy e competente parece uma cópia pálida da relação entre Cary e Kalinda de “The Good Wife”. Além deles ainda tem a advogada apaixonada pelo chefe e o amigo que não se entende muito bem da onde vem.
Para tentar complicar e colocar um pouco de suspense tem um homem misterioso perseguindo Garza e um senador que tenta, no inicio, manipula-lo. “Outlaw” tinha tudo para ser bonzão, mas é só uma cópia mais ou menos de outras série de tribunal, eu vou dar ainda mais uma chance, um dois ou três episódios, mas não parece que vá melhorar muito.